Criado em 2023, o projeto Lezíria Dance Collective é uma iniciativa do Conservatório Silva Marques, uma companhia de dança dedicada à promoção de um espaço para jovens bailarinos desenvolverem competências técnicas e artísticas, numa lógica de trabalho semelhante a uma companhia de dança profissional, incrementando a sua experiência em palco, ganhando competências para o futuro. A Lezíria Dance Collective, constitui-se a partir de alunos e ex-alunos do curso de dança do Conservatório Silva Marques, estando aberto a receber jovens vindos de outros pontos do país. Este projeto tem como principal objetivo despertar as novas gerações para a dança e cultura, assumindo-se como uma companhia de dança da região norte da Área Metropolitana de Lisboa, da Lezíria e Médio Tejo e Oeste, sendo assim uma companhia que pretende representar todo um espaço geográfico revelando-se uma mais-valia da região, pelo impacto positivo que pode criar no tecido cultural dos Concelhos abrangidos.

direção

artística

A Lezíria Dance Collective tem como diretor artístico o coreógrafo Tiago Manquinho, um nome relevante na dança contemporânea, em Portugal e lá fora. Após a sua formação em dança na EDCN em Lisboa, ingressa na Companhia Nacional de Bailado antes de integrar o Ballett Semperoper de Dresden em 2000. Apostando numa linguagem de movimento contemporânea, Manquinho ingressa como solista o Staatstheater Braunschweig, seguindo depois para o Theater Osnabrück, e o Theater Bielefeld. A colaboração em numerosas criações influenciou fortemente a sua própria linguagem artística. Paralelamente, já apresentava regularmente as suas próprias coreografias. Em 2013, Tiago Manquinho foi o vencedor do prémio Tanztaler da Theater- und Konzertfreunde Bielefeld. Como coreógrafo residente no Staatstheater Braunschweig (2015/2017), criou varias peças. Desde da temporada 2016/17, como coreógrafo independente é convidado regularmente para varias companhias e instituições como Tanztheater Staatstheater Braunschweig, Tanzcompagnie Gießen, Tanztheater Münster Ballett Vorpommern, Ballett Lüneburg. Em 2021, Manquinho funda act:on, um iniciativa que envolve as suas criações independentes e uma vasta gama de projectos socioculturais, nomeadamente no âmbito de vários projectos intergeracionais de dança comunitária. Em 2019 e 2020 foi diretor artístico do projeto de dança comunitária “tanzwärts!” no Teatro Hameln. Desde 2014, é professor de dança (Contact-Improvisation) na Universidade de Bielefeld. Manquinho é co-fundador e co-director artistico da cooperativa TANZKOOP, bem como membro da direção da LaFT Niedersachsen.

coreógrafos

Para a temporada de 2023/2024, foram escolhidos dois coreógrafos com linguagens diferenciadas, permitindo assim na conjugação dos seus trabalhos a concretização de um projeto verdadeiramente único, pela riqueza de linguagem da dança contemporânea apresentada. Na primeira parte temos o projeto “I to the We!”, da autoria do coreógrafo Vítor Garcia.

SINOPSE “I to the We!”

Uma presença que atravessa o espaço e o tempo; nos corpos e no vazio, no ar e na água, com o material e com o subjetivo. O que une o plano à ação, o prever ao fazer, o vir ao ir, no movimento e na ‘quietude’ (stillness). É um preencher do agora; a ocupação no aqui e no estar, no visível e no elusivo, do concreto e do efémero. Do lugar do singular no coletivo; do detalhe, da particularidade, do único, da essência, do subtil – de cada fração imprescindível de um todo (fragment). ‘Do eu ao nós’ – I to the We!

The fortunate thing in dancing is that space and time cannot be disconnected, and everyone can see and understand that. A body is still taking up just as much space and time as a body moving. The result is that neither the one nor the other – moving or being still – is more or less important, except is nice to see a dancer moving. But the moving becomes more clear if the space and time around the moving are one of its opposite –stillness. Aside from the personal skill and clarity of the individual dancer, there are certain things that make clear to a spectator what the dancer is doing. (Merce Cunningham, 1952).

VÍTOR GARCIA

Dançou na CDL, Ballet de Ulm, Pretty Ugly Dance Company, Ballet Freiburg, Magpie Music Dance Company e Projeto Compota. Assistente dos coreógrafos David Parsons, Jiri Kilian, Ohad Naharin, Amanda Miller, Clara Andermatt, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, entre muitos outros. Professor e ensaiador do Ballet Gulbenkian. Docente e investigador na ESD do IPL. Prémio de interpretação Adami no Festival de Bagnolet e menção do Holland Dance Festival de “Unsurpassed Master of His Instrument”.

Na segunda parte temos o projeto “Dynamic Studies” da autoria do coreógrafo Wallace Wong.

SINOPSE “Dynamic Studies”

“Dynamic Studies” é uma criação em dança contemporânea que recolhe informações do quotidiano, desencadeadas pela visão, audição, olfato e tato. Recriando secções e apresentando-as em fragmentos. Tal como a nossa vida, nunca sabemos o que vai acontecer no minuto seguinte, altos e baixos, esquerda e direita, rápido e lento, dentro e fora, grande e pequeno ou algo caótico que nem sequer compreendemos…. E a pergunta que devemos fazer a nós próprios é: “Estamos preparados para as coisas inesperadas que acontecem na nossa vida?” “Somos capazes de encontrar adaptações para esses momentos?”

WALLACE WONG

Wallace nasceu em Hong Kong, começou a sua carreira nas danças urbanas, maioritariamente em hip hop freestyle, tendo formado a hip hop crew “Strangers”. Concluiu o bacherlato na Hong Kong Academy for Performing Arts majoring Contemporary Dance em 2018 e completou o programa de treino Performact na Untamed Production em Torres Vedras, Portugal in 2020. No momento trabalha como artista freelancer e professor.

Queres saber mais sobre o Lezíria Dance Collective?

Fala connosco!